Vigilantes do DF obtêm conquista histórica que deve refletir nos outros Estados
Aconteceu na tarde desta terça-feira, 2/10, o julgamento do Dissídio Coletivo dos vigilantes do Distrito Federal. E apesar dos dois votos contrários, a maioria dos desembargadores votou com o relator, o Juiz Antônio Humberto, possibilitando vitória para a categoria.
As principais cláusulas votadas e aprovadas em favor dos vigilantes foram salário e ticket alimentação. Para o salário o reajuste foi de 2,07% com retroativo a 1º de janeiro/2018. No caso do ticket, o reajuste foi de 2,07%, retroativo também a 1º de Janeiro/2018.
Além disso, benefícios foram mantidos, entre eles plano de saúde, fundo social e odontológico, jornada 12 x 36, homologação no Sindicato a partir de seis meses de contrato, adicional noturno, entre outros.
GRANDE CONQUISTA
Desde outubro do ano passado o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv) tentava aprovar a norma coletiva de 2018. Ao menos quinze reuniões no Ministério Público do Trabalho (MPT) e duas audiências coordenadas pelo TRT chegaram a ser feitas, mas terminaram sem acordo entre a categoria e os patrões.
Segundo a diretoria da entidade, diante da situação pela qual passa o país, esta foi uma grande vitória. “Derrotamos a reforma trabalhista em nossa categoria, pois caso ela fosse aplicada em nossa Convenção Coletiva de Trabalho, muitos vigilantes perderiam o emprego, além de redução de salários e alguns benefícios como o Adicional Noturno”, dizem os diretores.
REFERÊNCIA PARA OUTROS ESTADOS
Para o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância (CNTV), Amaro Pereira, a decisão de hoje é importantíssima porque deve servir de referência para as Campanhas Salarias 2018 de vigilantes em todo o país, principalmente nos Estados onde a data base é 1º de janeiro.
“É o primeiro julgamento de dissídio coletivo de vigilantes após a Reforma Trabalhista”, diz. “Estão de parabéns não só o sindicato, mas também os trabalhadores. Isso prova a necessidade de termos diretorias comprometidas e trabalhadores apoiando, defendendo e participando”, destacou.
“Vigilante horista, ou tempo parcial, por exemplo, aqui já foi aceito e lá em Brasília não existe porque lá há resistência”, finaliza.