Vigilantes de Barueri cobram da Copagaz solução para golpe dado pela Monitore
Diretores do Sindicato dos Vigilantes de Barueri estiveram na manhã desta sexta-feira, 25, na sede da Liquigás/Copagaz para cobrar da empresa uma solução para a situação de 16 vigilantes que foram vítimas de golpe dado por uma terceirizada.
Os profissionais eram contratados da Monitore Vigilância Patrimonial e prestavam serviço dentro da Liquigás/Copagaz, mas a Monitore encerrou suas atividades sem pagar salários, ticket refeição, vale-transporte, férias, PPR (entre outros direitos) e não há notícias de que irá proceder com a homologação e pagamento das verbas rescisórias.
De acordo com o presidente do sindicato, Amaro Pereira, a reivindicação é para que, além de quitar todas as verbas atrasadas, a Monitore siga com os trâmites legais, faça as homologações e pague as verbas trabalhistas. O sindicato pede ainda que os profissionais sejam absorvidos pela nova empresa que irá ocupar o posto.
RESPONSABILIDADE DA TOMADORA DE SERVIÇO
A Monitore Vigilância Patrimonial tem sede no Rio de Janeiro e, diante das dificuldades em encontrar os responsáveis, o sindicato pede uma intervenção da tomadora de serviço, no caso a Liquigás/Copagaz.
“Os vigilantes trabalharam e tem direito de receber. Eles cumpriram seu dever dentro da Liquigás/Copagaz e a responsabilidade de fiscalizar a terceirizada é dela”, diz Amaro.
O Sindicato dos Vigilantes de Barueri informa ainda que irá buscar o judiciário para que a tomadora de serviço seja responsabilizada caso a Monitore não cumpra com suas obrigações.
“A Liquigás/Copagaz não pode simplesmente lavar as mãos. Foi ela quem contratou essa empresa. Se pagou a fatura precisa cumprir seu papel social e intervir em favor dos trabalhadores”, finaliza.
SOBRE AS EMPRESAS
A Liquigás – que pertencia à Petrobras – foi adquirida em dezembro do ano passado pela Copagaz, empresa dos grupos Itausa e Zahran por R$ 4 bilhões.
A Liquigás Distribuidora está há 12 anos em Barueri, localizada na Rodovia Castelo Branco, no Jardim Mutinga.
Já a Monitore Vigilância Patrimonial – presente em diversos estados do Brasil – tem exibido em seu site um aviso de Recuperação Judicial. A empresa foi alvo de protestos por parte de trabalhadores e do Sindseg-GV/ES em março deste ano.