Sindicato de Barueri manifesta apoio à greve de vigilantes da Bahia

Há dois anos sem conseguir fechar acordos coletivos com o setor patronal, os vigilantes do Estado da Bahia decretaram greve.

De acordo com o Sindicato dos Vigilantes da Bahia (SindiVigilantes), o motivo da não assinatura dos acordos é a intransigência patronal que condiciona o aceite à retirada de direitos com base na reforma trabalhista e em acordos realizados em outros Estados.

Diante do impasse, na manhã desta terça-feira, 10/03, a direção do Sindicato de Barueri anunciou apoio à paralisação e aos vigilantes.

De acordo com Amaro Pereira, presidente do sindicato de Barueri, é importante que haja adesão dos vigilantes baianos ao movimento para que não só os direitos já adquiridos sejam assegurados, mas também para conquistar ainda mais.

“Vocês precisam resistir, participar e se mobilizar para que não aconteça na Bahia o que aconteceu em São Paulo. Aqui os sindicatos patronais estão muito bem organizados e avançam sobre sindicatos de trabalhadores, minando a resistência a assumindo o controle das entidades laborais”, explica.

Ele destaca que no esteio da ação dos sindicatos patronais vários sindicalistas corruptos “vendem” os vigilantes e cobram R$ 150 para realizar atividades simples, como homologar, e R$ 350 por trabalhador para fazer a Quitação Anual.

 “Além disso, em São Paulo os trabalhadores são obrigados a fazer reciclagem aos sábados, domingos e feriados e nos dias de folga sem receber nada por isso”, lamenta.

“Se organizem e formem uma resistência para que essas mazelas não cheguem até vocês. É preciso lutar para que as condições de trabalho e os salários não sejam ainda piores”, finaliza Amaro.