“Reforma Trabalhista não gerou empregos e tirou direitos, agora a reforma da Previdência pode ‘sepultar’ os vigilantes”, diz sindicato
Conforme advertiu o sindicato dos Vigilantes de Barueri, a reforma Trabalhista, aprovada em julho de 2017 pelo governo Temer, não gerou os empregos esperados. Pelo contrário: só tirou direitos e piorou as condições de trabalho.
Agora, com o mesmo discurso, o governo Bolsonaro quer aprovar a reforma da Previdência. A diferença é que essa reforma vai ser ainda mais agressiva.
No caso da reforma Trabalhista os vigilantes perderam, por exemplo, o pagamento 100% da jornada 12X36 e passaram a trabalhar de forma intermitente, ou seja, só ganham pelas horas em que trabalharam. “No final, corre o risco do vigilante estar empregado, não trabalhar nem um dia no mês, e não ter salário”, explica o presidente do Sindicato, Amaro Pereira.
Com a reforma da Previdência os vigilantes terão uma perda ainda maior: a Aposentadoria Especial.
O artigo 25 da Reforma da Previdência diz que a Aposentadoria Especial será concedida até que a reforma da Previdência seja aprovada. Após isso os vigilantes irão se aposentar como os trabalhadores comuns, com 65 anos de idade e 40 de contribuição para ter direito a 100% do equivalente ao último salário.
“Se nós, vigilantes, não reagirmos, sofreremos um grande golpe. A categoria já está inchada e sem oportunidade para todos. Tomamos uma paulada na cabeça que foi a reforma Trabalhista. Se a reforma da Previdência for aprovada seremos praticamente enterrados vivos”, finaliza.