Em Brasília, CNTV intensifica ações em defesa da aposentadoria especial dos vigilantes
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV), José Boaventura Santos, esteve novamente em Brasília nesta quinta-feira, 23, para participar de mais uma Comissão na Câmara dos deputados que discute a PEC 006/2019, que trata da reforma da Previdência.
A defesa da aposentadoria especial dos vigilantes tem sido uma luta diária. Por isso, durante sua fala, Boaventura destacou que há hoje no Brasil mais de 3 milhões de vigilantes registrados junto a Polícia Federal (PF) sendo que, desse total, 700 mil estão empregados. Ele lembrou também que só trabalha na profissão aqueles que são íntegros, honestos e que não tem passagem pela polícia.
“Esses mesmos profissionais não conseguem chegar aos 60 anos de idade com 40 de contribuição porque quando chegam aos 45 anos de idade as empresas já não contratam mais”, explicou.
“Eles dizem que nós não podemos mais trabalhar porque nosso vigor físico e nossa condição já não é mais suficiente para atender as exigências do mercado de trabalho”, continuou.
Para traçar um paralelo, Boaventura comparou a situação dos vigilantes com a dos policiais. “O policial, que é um agente público, tem estabilidade. Já o vigilante – que é um agente privado –não tem nenhum tipo de segurança de emprego”, emendou.
Para resolver esse impasse, o presidente da CNTV sugeriu que basta que na PEC 006/2019 seja acrescentado, no Artigo 201, que trata das Exclusões, a questão da Periculosidade. “Aí resolve o problema dos vigilantes e reconduz com muita justiça a situação desses trabalhadores”, finalizou.