Sindicalistas avaliam resultado das eleições em Barueri

Sindicalistas ligados ao Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco e Região, o CISSOR, que apoiaram o candidato do PMDB, Carlos Zicardi, à Prefeitura de Barueri, avaliaram nesta semana os resultados das eleições e o novo cenário político em Barueri. O CISSOR congrega 32 sindicatos em toda a região, e boa parte dos sindicatos membros teve dirigentes manifestando apoio ao candidato indicado pelo atual prefeito Rubens Furlan para sua sucessão Apesar da derrota para o candidato do DEM, o ex-prefeito Gil Arantes, os sindicalistas consideraram ter avançado na discussão política na cidade e na inserção política da representação dos trabalhadores. “Para nós foi de fato uma vitória. O candidato não foi eleito, mas certamente elevamos o patamar de votação dele”, garante José Elias de Góis, presidente do CISSOR. Na mesma linha, opina o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira da Silva. Para ele, mais importante que a votação em números, foi a repercussão na cidade do envolvimento de representantes do movimento sindical na discussão política. “Saímos de um patamar onde a representação dos trabalhadores não tinha nenhuma interferência no cenário político para uma posição na qual os dois lados estavam dispostos a nos ouvir. Inclusive, a nossa escolha em apoiar o Zicardi foi dentro de uma avaliação de que ele tinha feito a melhor proposta para a classe trabalhadora, assumindo a responsabilidade do município com a saúde do trabalhador, a criação de uma Secretaria do Trabalho, entre outras”, ressalta Amaro. O dirigente dos Vigilantes destaca ainda que apesar da derrota do candidato apoiado, deseja sucesso ao vencedor e espera que o próximo prefeito de Barueri “tenha olhos para os trabalhadores”. Pessoalmente, não tenho nenhum problema com o candidato a ou b, o partido b ou c. O que nós temos é uma posição política de defender a nossa base. Vamos cobrar e buscar a negociação democrática de avanços, inclusive apoiar, sempre naquilo que for bom para os trabalhadores. Esse é nosso papel como dirigentes. A melhoria da qualidade de vida do trabalhador no bairro, na cidade, no estado, depende, sim, da participação política do trabalhador enquanto sociedade civil organizada”, garante Amaro.