Sequestrador do ônibus no Rio não era vigilante, diz sindicato

Diferentemente do que foi informado pela imprensa nacional o homem que sequestrou um ônibus e fez 37 reféns na manhã desta terça-feira na ponte Rio-Niterói (RJ) não era vigilante. É o que afirma o diretor da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira.

O rapaz, identificado pela Polícia Militar como Willian Augusto da Silva, de 20 anos, morreu após ser baleado por um sniper da Polícia Militar.

Segundo Amaro Pereira, há muita desinformação quanto à profissão. “O art. 16 da Lei 7.102/83 é muito claro quando fala que para exercer a profissão de vigilante o indivíduo precisa ter idade mínima de 21 anos”, explica. “E o que saiu na imprensa é que ele tinha 20 anos”, continua.

Amaro destaca que a função de vigilante é regulamentada pela Polícia Federal (PF) e as regras são muito rígidas. “O candidato não pode ter antecedentes criminais, precisa ser aprovado em um curso autorizado pela PF e deve estar vinculado a uma empresa. Além disso, passa periodicamente por exames de saúde física, mental e psicotécnico”, continua.

O diretor da entidade lembra que infelizmente a falta de conhecimento e cuidado dos veículos ao dar uma notícia faz com que profissionais da segurança fiquem mal vistos por contratantes e pela população. “Todos os dias vemos notícias envolvendo vigilantes na imprensa. E muitas vezes a informação não corresponde com a verdade. Isso prejudica demais nossa categoria”, lamenta.