A importância da mulher no setor da segurança privada no Brasil
Na semana em que memoramos o Dia Internacional da Mulher, é importante refletir sobre a participação e os desafios das mulheres no setor da segurança privada no nosso município, no Estado e no País.
As pesquisas já apontam um crescimento de 140% na participação feminina no setor nos últimos 5 anos. Mas num país culturalmente machista, e ainda mais num mercado preponderantemente ocupado por homens, esse crescimento representa apenas parte do caminho a ser trilhado.
Mesmo equivalendo aos homens no desempenho da função, e na maioria dos casos com vantagens como a atenção aos detalhes e sua abordagem mais humanizada em situações de contato direto com o público, as mulheres vigilantes ainda fazem parte das estatísticas que apontam menos oportunidades para elas que os profissionais masculinos na mesma função. Além disso, as mulheres vigilantes também não ocupam, como deveriam, os cargos de destaque nas empresas. Funções com salários maiores, por exemplo, são quase sempre ocupadas por homens.
Há ainda uma longa jornada a ser vencida, e o nosso Sindicato luta ao lado das mulheres vigilantes com esse objetivo. Em 2014, conseguimos uma grande vitória no Supremo Tribunal Federal (STF), que obriga as empresas a conceder 15 minutos de descanso para mulheres antes do cumprimento de hora extras.
Mas há muitos outros desafios. A luta contra os efeitos da reforma trabalhista e a precarização das condições de trabalho, sem contar o risco sempre presente de o governo conseguir fazer a Reforma da Previdência voltar à pauta no Congresso. Reformas que punem especialmente as mulheres.